Fico maravilhada com o
processo de criatividade das pessoas, acredito que realmente é isso que nos
move a viver e principalmente a buscar coisas novas, motivações e inspiração para
inovar e conseqüentemente fazer melhor. O potencial criativo é uma necessidade
do homem.
A criatividade não está
restrita a arte, pelo contrário esta relacionada diretamente a maneira de como
a pessoa vive, e está inserida em nosso contexto histórico cultural e social.
Existem dois pólos neste
contexto, primeiro a sua própria criatividade e segundo a sua criação. O
primeiro diz respeito a capacidade de criar de um ser e o segundo tudo o que
ele cria seja por desejo, vontade ou até mesmo necessidade dentro da cultura em
que está inserido.
E sua criatividade esta
diretamente relacionada a sua maneira de viver, realizar e se comunicar, esta é
sua forma de expressão com o mundo externo, expondo inúmeras questões de seu
mundo interno.
Para criar algo é necessário
sentir-se livre dar-se a oportunidade e principalmente liberdade de realização,
acredita-se que no ato de realizar algo você está concretizando alguma coisa do
seu subjetivo, inconsciente.
Nos dias atuais a uma
alienação do processo criativo, as pessoas vivem em uma corrida diária se
tornando pouco criativas, parecendo robóticas, dessa forma vive-se cada vez
mais disponível para surgimento de doenças, perdeu-se a espontaneidade.
As influências externas e
obrigações diárias nos atingem, porque todos estamos sujeitos a elas e
necessitamos cumprir com algumas, e fica impossível não sofrermos tais influências
do meio externo e da atualidade consumista e digital, mas é preciso resgatar o
processo criativo que existe em cada um de nós. Esse fator é vital para nossa
saúde, o homem necessita tomar consciência de si mesmo, e deixar de ser
alienado a suas próprias aspirações, potencialidades e criatividade.
As influências se tornam
presentes e fica impossível de fugir destas. Porém cada homem tem um processo
seletivo, que por algum motivo seleciona, tudo aquilo que vai influenciá-lo e
que de alguma forma é significativo para este ser, despertando e ou orientando
suas potencialidades, isso provavelmente tem um apelo afetivo.
De acordo com a seletividade,
este indivíduo terá maior espontaneidade, esta por sua vez fundamenta um
comportamento criativo, quanto mais espontâneo for mais flexível ele se torna.
Abrindo-se para o novo absorvemos a espontaneidade e a estruturamos. Com esta
capacidade de delimitar, torna-se possível compreender, imaginar e perceber.
Além disso existem inúmeros fatores que delimitam o ser, tais como, fatores
materiais, ambientais, sociais, culturais, de ordem interna e vivencial,
afetiva etc. Tudo isso se relaciona com múltiplos níveis intelectuais e
emocionais conscientes e inconscientes. Todas essas relações ordenadas fornecem
a medida para realização das potencialidades.
O ser espontâneo, podemos
dizer que é o ser livre para criar, possui uma autonomia interior, liberdade de
ação diante das possibilidades de viver e de criar.
O criar livremente consiste em
num processo dinâmico de poder desdobrar delimitações e com isso poder
defini-las novamente. Cada ação exercida pelo ser humano, seja ela produtiva ou
contemplativa, artística ou não, em si encerra um objetivo social, o da
comunicação, referindo-se a valores e a termos de responsabilidade. Essa
capacidade de reconhecer limites permite ao indivíduo agir livremente.
O ser livre é visto como uma
condição estruturada e altamente seletiva, como condição sempre vinculada a uma
intencionalidade presente, embora talvez inconsciente, e a valores, a um tempo
individuais e sociais. Ao se criar, define-se algo até então desconhecido.
Interligando aspectos múltiplos e talvez divergentes entre si que a uma nova
síntese se integram.
Ser livre é ser criativo,
viver de uma forma lúcida e ocupar o seu espaço na vida. Criar é tão difícil ou tão fácil como viver.
E é do mesmo modo essencial.
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